Sobre mim
Eu acredito que a história de cada um de nós tem tudo o que é preciso para nos tornarmos na pessoa que estamos destinados a ser…
e que o Universo precisa…
Para dar-lhe a conhecer um pouco a minha história pessoal, cedo-lhe por momentos a minha habitual cadeira de psicoterapeuta e coloco-me na sua…
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Partilho consigo que era uma miúda muito alegre mas tímida, sozinha, sem irmãos da mesma idade ou amigos da escola por perto para brincar, sobreprotegida por uns pais amorosos e bem intencionados mas que me apresentavam o mundo como um lugar perigoso, num ambiente familiar muitas vezes tenso e sem muito espaço para que eu pudesse ser. Uma família onde desenvolvi a habilidade de estar atenta ao que se passa com os adultos para gerir de forma conciliadora as relações entre eles.
Refugiava-me numa avó de amor incondicional, imaginativa e muito espiritual que me ajudou a acreditar, desde muito cedo, que existe algo para além da nossa existência, sentando-me à janela a olhar para as estrelas para pedir a uma que trouxesse os meus pais em segurança, na viagem de regresso a casa.
Avó cuja perda precoce me confrontou demasiado cedo com as exigências do luto e com a dura realidade do que acontece na nossa vida quando as pessoas mais significativas desaparecem.
A minha criança introspetiva, aprendiz na auto-gestão do sofrimento emocional, fantasiosa sobre outros possíveis eus mas também sensível ao sofrimento alheio e moderadora foram estruturando a minha adolescente… embrionária psicóloga.
Uma adolescente contudo muito ansiosa… sentia necessidade de controlar tudo, com perfecionismo e estudando muito, porque na minha fantasia dependia exclusivamente de mim garantir o sucesso e a felicidade na minha vida… só bastante mais tarde aprendi verdadeiramente a confiar no Universo para isso.
E confio hoje porque aprendi que mesmo aquelas pessoas que a vida nos coloca no caminho para nos desafiar são aquelas que mais nos fazem crescer e superar. Senti-o com o abandono inesperado, irreversível e voluntário do namorado e marido de 16 anos que eu pensei que o seria para toda a vida; o meu segundo luto, mas desta vez de uma morte em vida: o sofrimento da perda, a solidão, o medo do presente e do futuro, a vulnerabilidade de estar por minha conta mas, mais difícil do que tudo, a traição.
A vida traz não o que desejamos mas aquilo que precisamos…
O contexto ideal para emergir em mim a mulher que desconhecia: corajosa, prática, sensata e apoiada por pessoas que surgiam de todas maneiras na minha vida… e assim finalmente a pessoa que confia em si, nos outros e na vida.
Não é o que nos acontece na vida que importa mas o que fazemos com isso
Mobilizei-me também para encontrar uma forma de acalmar o meu tormento e encontrei… um espaço permanente de paz dentro de mim, e de todos nós, acedido no recolhimento da meditação, e uma necessidade de entender todas as transformações da vida sob uma vastidão maior, a tal de que a minha avó me falava, de um mundo regido pelas leis sábias da natureza.
Foi esta a história que me tornou no que Sou, pelo que se agora trocarmos de cadeira, e eu voltar para o meu papel de psicoterapeuta, compreenderá o que pode esperar de mim, na sua cadeira de cliente, fruto da minha vivência pessoal: escuta, aceitação, reflexão, enfoque no ganho que existe em tudo e atribuição de um propósito mais profundo da sua existência como ser humano.
Acordo todos os dias empolgada para assistir à transformação de acolher uma pessoa oprimida, só e confusa que acha que não deve ser como é, ou que não merece o que a vida lhe está a trazer, oferecer-lhe companhia e espaço para a partilha de tudo o que vai dentro de si, que ninguém ainda escutou, ver emergir o alivio do desabafo, desafiar-lhe as crenças, do presente e tornar consciente as suas raízes no passado… encontrar um reenquadramento mais livre daquilo que ela é… tudo isto sem pressas, sem contra-relógio, mas centrado no tempo necessário para ver aparecer no final da sessão um sorriso de quem verbaliza sentir-se mais leve e clarividente, disposta a arriscar fazer diferente para se tornar na pessoa que está destinada a ser e que o Universo, inclusive os outros, precisa(m) que seja…
Preparada(o) para começarmos esta descoberta magnífica?